terça-feira, 28 de abril de 2009

OS POETAS DE FEIRA DE SANTANA (XIX)


CHUVA
Georgina Erismann



A chuva é ouro que cai do céu
para o mealheiro do pobre...

e para as veias anêmicas da terra febril
a chuva é sangue

Há murmúrios cantantes de águas claras,
Há promessas de fartura nos milharias.

andam pintores invisíveis retocando
o quadro verda da campina,
desbotado pelo sol...

e a natureza agora, toda fresquinha,
lembra uma moça convalescente,
a quem deram lindos vestidos novos.


Do livro GEORGINA ERISMANN do professor e historiador Carlos Alberto Almeida Melo (foto), em parceria com o Núcleo de Preservação da Memória Feirense, da Fundação Senhor dos Passos.

2 comentários:

  1. excelente poema, nossa maestrina era sensível. pena, dimas, que tenham usado restos de chapas de ferro do monumento ao camioneiro para fazer uma escultura insossa e sem alma para homenagear a nossa poetisa, ali na av. joão durval...parabéns a mello pelo livro.abraço, janio rego

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