sábado, 26 de abril de 2014

GABEIRA E A MALDIÇÃO DO MITO MORTO

Por Sérgio Saraiva

Fernando Gabeira foi um ícone da minha adolescência e juventude. Ele, e não José Dirceu, era o candidato a Che Guevara verde e amarelo.

Hoje, José Dirceu ainda é o símbolo da resistência dos valores e lutas da sua geração, ainda pode erguer com legitimidade o braço esquerdo com o punho cerrado à frente de uma prisão e despertar na militância o sentimento de que há um líder a ser defendido. Gabeira, por seu lado, parece que, como outros da sua geração, tornou-se apenas mais alguém que chega à velhice com a alma curtida em ressentimentos.

Não é o único, há quase uma doença ou maldição atacando expoentes da rebeldia e da contestação das duas últimas gerações, algo como uma “síndrome de reacionarismo” da madureza e senescência.

É isso que deixa transparecer em seu artigo de 25/04/2014, no Estadão, "Bom dia, Cinderela".

Essa Cinderela é a Presidente Dilma Rousseff e, se Gabeira pretendia ser irônico ou mordaz com o tal título, acabou sendo apenas deselegante, senão grosseiro. Até onde eu saiba, este ainda é um caso de um homem se dirigindo a uma senhora.


O artigo em si é um longo texto repetitivo, um “samba de uma nota só”, carregado de preconceitos e ilações sobre Petrobrás e Copa no Brasil. Temas que, para quem tem informação, já encheram o saco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário