Autor: Fernando Brito
As grandes ideias são assim.
Ficam dias, meses, anos brotando, despercebidas dentro da
cabeça e, uma hora, saem parecendo – e sendo – um improviso.
O lateral Daniel Alves comer a banana ofensiva que lhe
atiraram foi uma destas, genial porque não premeditada.
E deu margem a transformar em fato o que muita gente não
percebe.
Que a Copa no Brasil é a oportunidade de nosso país servir
de símbolo para algo muito além de ser o “país do futebol”.
Para ser o país da miscigenação, para cá e para o mundo.
Daniel Alves percebeu isso melhor do que ninguém, na hora e
depois.
Reclamou da punição ao torcedor que arremessou a banana, que
foi desligado do quadro social do clube Villarreal.
Nada disso, disse ele.
Disse que achava melhor publicarem a voto e fazê-lo passar a
vergonha diária por seu ato.
“Pudesse pegaria a foto e colocaria publica só para
envergonhar, banir não é solução. Estaria pagando mal com mal, tem de educar as
pessoas e não tentar banir ele do futebol”.
Alves
mostrou-se mais consciente que grande parte da pseudamente letrada elite
brasileira, que continua achando que os estrangeiros nos são superiores.
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