Elias Candido, no Facebook
Macaco, uma banana!!!
Daniel Alves é um excelente jogador desse tempo. O Barcelona
é um grande time de futebol, e o seria em vários tempos. O preconceito sempre
existiu, enquanto o racismo, do ponto de vista histórico, é mais recente. Nesse
tempo atual, Daniel, preconceito, racismo, futebol e Barcelona se encontraram.
E não foi a primeira vez. A atitude do jogador brasileiro , ao comer uma banana
que lhe havia sido atirada com objetivos ofensivos foi pensadamente espontânea.
Uma resposta dada em segundos para uma agressão que dura
séculos. Agressão, essa, que se manifesta em objetos atirados contra pessoas,
em abordagens policiais injustas e com desfechos dos mais diversos, em esforços
para manter pessoas em subempregos, sem escolas, sem saúde, sem teto, sem
terra, sem cidadania; mas que se manifesta, mas comumente, em forma de
impropérios, xingamentos racistas feitos de uma distância segura, mas que
cumprem sua função de diminuir quem já está oprimido por um esquema racialista
planejado.
Proeminentes colegas de profissão de Daniel, jornalistas,
apresentadores de programas, políticos entre outros, alguns bem intencionados,
outros não, se apressaram em lançar a campanha: “somos todos macacos”.
Essa é uma campanha a qual eu não poderia aderir por vários
motivos, mas o simples deles é: Não sou macaco. Sou uma pessoa.
Um torcedor fascista, frustrado e criminoso do outro lado do
mundo não tem condições de me convencer do contrário.
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