terça-feira, 29 de abril de 2014

GOVERNISTAS QUEREM ESTENDER CPI À GESTÃO FHC

Parlamentares aliados ao governo tentarão trazer ao debate da CPI da Petrobras polêmicas como o afundamento da plataforma P-36, a tentativa de renomear a estatal para Petrobrax e ainda a negociação com a espanhola Repsol, em 2001; estima-se que, à época, a empresa recebeu US$ 750 milhões e cedeu US$ 3 bilhões em ativos

29 DE ABRIL DE 2014 ÀS 10:14
247 – Os parlamentares aliados ao governo da presidente Dilma Rousseff pretendem estender o foco da CPI da Petrobras, sugerida pela oposição, a fatos polêmicos da gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. O objetivo da oposição é investigar denúncias como a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e acusações de propina à empresa pela holandesa SBM Offshore.

Já os governistas tentarão trazer ao debate na comissão parlamentar de inquérito polêmicas como o afundamento da P-36 – maior plataforma petrolífera do mundo, que afundou em março de 2001 e deixou 11 pessoas mortas. Os aliados também baterão na tecla da tentativa do governo do PSDB de privatizar a Petrobras, renomeando a companhia para Petrobrax – plano esquecido após gerar uma enorme polêmica.

Outro ponto a ser discutido – já trazido à tona pelo 247 – é a negociação com a espanhola Repsol. Em 2001, quando era presidida por Henri Reichstul (conhecido por tentar trocar o nome para Petrobrax), a empresa deu postos de combustíveis, parte de um campo exploratório e 30% de uma refinaria no Rio Grande do Sul, a Refap, para o grupo espanhol, em troca de ativos na Argentina. Petroleiros entraram com ação questionando a relação de troca e o caso está no STJ.

"Estimamos que a Petrobras recebeu US$ 750 milhões e cedeu US$ 3 bilhões em ativos", disse, ao 247, o advogado Claudio Pimentel, que lidera a ação. A oposição aposta, porém, em conflitos internos na companhia para que o foco da CPI seja a gestão petista. Já há requerimentos prontos para convidar o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e os ex-diretores Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, que está preso desde março, quando foi alvo da operação Lava-Jato.

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