terça-feira, 1 de abril de 2014

NEM A GLOBO ESCAPA DO PROGRESSO DA GRANDE FAMÍLIA BRASIL

Fernando Brito

Do Facebook de Lula, uma grande sacada para traduzir a ascensão do povo brasileiro desde 2003, produzida pelo site Muda Mais.
É a mudança na vida dos personagem da série  A Grande Família, uma recriação  brasileiríssima de Oduvaldo Vianna Filho, o , e de Armando Costa, em cima da ideia de um seriado americano (Tudo em Família) com a qual - segundo o biógrafo de Vianinha, Denis de Moraes ” - driblava  as duas censuras (a do regime e a da própria emissora, a TV Globo)” traduzindo ” a partir do cotidiano de uma família da classe média remediada” as ” aspirações dos dilemas de boa parte da sociedade brasileira em meio ao chamado milagre econômico”.
Com a final da série, depois de 13 anos do retorno de sua segunda versão, o pessoal do “Muda Mais” pegou de exemplo o que aconteceu com cada personagem do seriado para mostrar a ascensão experimentada pela classe “C”.
A Dona Nenê, antes uma simples dona de casa, agora tem uma loja de roupas.
Lineu, antes o responsável por tudo, aposentou-se e foi construir um barco, seu grande desejo.
Bebel, dependente dos pais e do terrível Agostinho Carrara, se mete com o marido trambiqueiro em uma série de confusões, mas acaba ficando próspera com seu trabalho dirigindo a muito confusa empresa dos dois.
Tuco, o outro filho, volta a estudar e faz vestibular para ser, como o pai, veterinário.
A ficção, quase sempre, termina mesmo por imitar a vida.
Num tempo em que a criação televisiva anda mais para Big Brother que para Grande Família, acho que Vianinha – que morreu em 1974 – ficaria feliz com o progresso dos seus geniais personagens.



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