Fernando Brito
Do Facebook de Lula, uma grande sacada para traduzir a
ascensão do povo brasileiro desde 2003, produzida pelo site Muda Mais.
É a mudança na vida dos personagem da série A Grande Família, uma recriação brasileiríssima de Oduvaldo Vianna Filho, o ,
e de Armando Costa, em cima da ideia de um seriado americano (Tudo em Família)
com a qual - segundo o biógrafo de Vianinha, Denis de Moraes ” - driblava as duas censuras (a do regime e a da própria
emissora, a TV Globo)” traduzindo ” a partir do cotidiano de uma família da
classe média remediada” as ” aspirações dos dilemas de boa parte da sociedade
brasileira em meio ao chamado milagre econômico”.
Com a final da série, depois de 13 anos do retorno de sua
segunda versão, o pessoal do “Muda Mais” pegou de exemplo o que aconteceu com
cada personagem do seriado para mostrar a ascensão experimentada pela classe
“C”.
A Dona Nenê, antes uma simples dona de casa, agora tem uma
loja de roupas.
Lineu, antes o responsável por tudo, aposentou-se e foi
construir um barco, seu grande desejo.
Bebel, dependente dos pais e do terrível Agostinho Carrara,
se mete com o marido trambiqueiro em uma série de confusões, mas acaba ficando
próspera com seu trabalho dirigindo a muito confusa empresa dos dois.
Tuco, o outro filho, volta a estudar e faz vestibular para
ser, como o pai, veterinário.
A ficção, quase sempre, termina mesmo por imitar a vida.
Num tempo em que a criação televisiva anda mais para Big
Brother que para Grande Família, acho que Vianinha – que morreu em 1974 –
ficaria feliz com o progresso dos seus geniais personagens.
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