Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
"Tenho a náusea física da humanidade vulgar, que é,
aliás, a única que há."
Sua última frase foi escrita na cama do hospital, em inglês,
com a data de 29 de Novembro de 1935:
"I know not what tomorrow will bring" [ Não sei o que o amanhã trará ].
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