segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CLARA NUNES, O SABIÁ DA PORTELA

Paulo César Pinheiro, João Nogueira e Mauro Duarte - os compositores mais ligados à Clara - deixaram, como testamento, uma singela homenagem a ela em forma de samba:

“Um dia / Um ser de luz nasceu / Numa cidade do interior / E o menino Deus lhe abençoou / De manto branco ao se batizar / Se transformou num sabiá / Dona dos versos de um trovador / E a rainha do seu lugar

Sua voz então a se espalhar / Corria chão / Cruzava o mar / Levada pelo ar / Onde chegava espantava a dor / Com a força do seu cantar

Mas aconteceu um dia / Foi que o menino Deus chamou / E ela se foi pra cantar / Para além do luar / Onde moram as estrelas / E a gente fica a lembrar / Vendo o céu clarear / Na esperança de vê-la, sabiá

Sabiá / Que falta faz sua alegria / Sem você, meu canto agora é só / Melancolia / Canta meu sabiá, / Voa meu sabiá, / Adeus meu sabiá / Até um dia” 
Trinta anos após sua morte, a obra de Clara Nunes permanece viva, forte e inspiradora.

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