Autor: Fernando Brito
Diz a Folha que o deputado Eduardo Azeredo passou a ter
crises de hipertensão depois do pedido, feito pela Procuradoria Geral da
República, de que fosse condenado a 22 anos de prisão como principal
coordenador do chamado “mensalão tucano”, em Minas Gerais.
E que cogita renunciar a seu mandato de deputado federal, o
que “agrada ao PSDB”, segundo a reportagem porque ” acúpula tucana entende que,
fora da Câmara, Azeredo ficará mais recolhido e o caso poderá perder força até
que entre em definitivo na pauta do Supremo”.
Depois do assessor pessoal que se demitiu “espontaneamente”
da equipe de Aécio, agora é um fundador do PSDB e integrante de sua alta cúpula
que é “deixado à beira da estrada”, como reclamou o ex-diretor da Dersa de São
Paulo quando, acusado de desvios, recebeu um “nem te conheço” de José Serra.
Azeredo e o publicitário de Aécio têm direito, como qualquer
pessoa, à presunção de inocência.
Devem ser submetidos a um julgamento justo, com amplo
direito de defesa e sem manobras que escondam provas.
Ninguém pretende linchá-los, exceto, talvez, os próprios
tucanos, que os atiram ao mar, agora.
O que, além de ser revelador do caráter do comando da
campanha aecista, também não adiante muito.
Porque Aécio, tucano mineiro, não estava no outro mundo
quando todos os descaminhos de verbas públicas aparentemente comandados pelo
governador tucano de Minas aconteciam.
Se não sabia, era bobo.
E se tem coisa que mineiro não é, é bobo.
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