Quais são os indícios que levaram o Ministério Público a
investigar o vereador tucano que teria se beneficiado da propina de R$ 23
milhões paga pela Alstom
Pedro Marcondes de Moura
Para o juiz federal, a secretaria dirigida por Andrea
Matarazzo, durante
o governo de Mário Covas, beneficiou-se de valores indevidos
Os escândalos envolvendo as sucessivas gestões do PSDB à
frente do Estado de São Paulo chegaram à antessala da cúpula tucana. Na última
semana, após acatar a denúncia de corrupção do Ministério Público Federal em
estatais de energia durante o governo de Mário Covas, o juiz federal Marcelo
Cavali autorizou também a abertura de um novo inquérito para investigar o
vereador tucano e serrista de primeira hora, Andrea Matarazzo. “Pessoas
submetidas à sua esfera de comando hierárquico foram tidas como beneficiárias
de propinas”, escreveu o magistrado na terça-feira 18. “Além disso, há ao menos
indício de que o próprio partido político ao qual é filiado (o PSDB) e a
própria Secretaria de Energia dirigida por ele – conquanto em curto espaço de
tempo – tenham sido beneficiários de valores indevidos”, complementou. A
decisão frustrou a tentativa de Matarazzo de encerrar as investigações. Para a
Justiça e o MPF, há sim o que se apurar sobre a conduta do tucano. Documentos
que aguardam apenas uma autorização do Tribunal de Bellinzona, na Suíça, para
desembarcar no Brasil podem esclarecer a ligação de Matarazzo com o esquema
operado para beneficiar a multinacional francesa Alstom. MAIS
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