Antes coadjuvante, a prefeitura resolveu assumir todos os encargos da micareta substituindo a tradicional “comissão da festa” e com ela o famoso “livro de ouro” que arrecadava recursos para a folia de momo. A decisão foi do prefeito Newton da Costa Falcão (foto) ainda no primeiro ano do seu governo, iniciado em 1971.
O prefeito criou na estrutura do seu gabinete uma Diretoria Extraordinária para bolar a micareta, entregando a tarefa ao professor e historiador Arlindo Pitombo. Marcada para o período de 16 a 20 de abril, imediatamente teve inicio uma série de reuniões com blocos, escolas de samba e cordões, entre estes “Ali Babá”, o mais famoso da cidade.
No domingo, 4, a grande festa coordenada pelo jornalista Oydema Ferreira, nos salões da Euterpe Feirense que escolheu Maria Suely Pinheiro de Castro (foto), candidato do bloco “Os Psicodélicos”, como a rainha da micareta, foi na verdade a antecipação do sucesso da festa.
Nos blocos com suas mortalhas coloridas, nos trios arrastando a multidão e nos salões dos clubes sociais, especialmente Tênis, Euterpe e Cajueiro, algumas musicas carnavalescas se destacaram, entre elas “Bloco da Solidão” da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim e que teve entre seus principais interpretes Altemar Dutra (foto), Maysa Matarazzo, Jair Rodrigues e Mona Gadelha.
Angústia, solidão
Um triste adeus em cada mão
Lá vai, meu bloco vai
Só dese jeito é que ele sai
Na frente sigo eu
Levo um estandarte de mum amor
Amor que se perdeu
No carnaval lá vai meu bloco
E lá vou eu também
Mais ma vez sem ter ninguém
No sábado e domingo
Segunda e terça-feira
E quarta-feira vem
O ano inteiro é sempre assim
Por isso quando eu passar
Batam palmas para mim
Aplaudam quem sorrir
Trazendo lágrimas no olhar
Mercê uma homenagem
Quem tem forças pra cantar
Tão grande é minha dor
Pede passagem quando sai
Comigo só
Lá vai meu bloco vai
Laia, laia,laia
Laia, laia, laia
Lalaiá lalaiá
Laiá
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