terça-feira, 14 de agosto de 2012

JEFFERSON: "SE FOSSE O COLLOR ESTARIA PRESO"

Delator do Mensalão, que antes inocentava, mas agora acusa o ex-presidente Lula, Roberto Jefferson não vê contradição entre o que ele dizia em 2005 e o que diz hoje; o fato incontestável, no entanto, é que o Brasil embarcou n onda de um fanfarrão e a denúncia começa a desmoronar


14 de Agosto de 2012 às 06:45
247 – Na crônica do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson teve a seu lado, em todos os momentos, a Folha de S. Paulo. Foi assim em junho de 2005, na primeira entrevista concedida à jornalista Renata Lo Prete, quando ele denunciou uma mesada de R$ 30 mil paga pelo PT a parlamentares, que jamais se comprovou, e também ontem quando ele assistiu à defesa apresentada pelo advogado Luiz Francisco Barbosa, acompanhado da repórter Andréa Sadi, também da Folha, que foi ao seu apartamento, na Barra da Tijuca, no Rio. “Se fosse o Collor estaria preso, mas no Lula não pega”, disse Jefferson à jornalista.
O ex-deputado também afirma não haver contradição entre o que ele dizia em 2005 e o que diz agora. Sete anos atrás, Jefferson apontou suas baterias contra o ex-ministro José Dirceu e disse: “Sai rápido daí, Zé, para não transformar em réu um homem inocente”. Segundo o relato da Folha, Jefferson afirma que, naquele momento, estava de fato convencido do desconhecimento de Lula em relação ao mensalão. Hoje, não mais, disse o ex-deputado, que também falou ao Globo. “Esse banco (BMG) que está denunciado (no mensalão) recebeu tratamento privilegiado do governo. Nunca imaginei essa relação tão íntima. Se eu soubesse disso, jogaria o Lula no chão”, afirmou.
Roberto Gurgel e grandes jornais deram crédito ao ex-presidente do PTB. Hoje, fica claro que sua palavra varia ao sabor dos ventos, dos seus interesses pessoais ou dos seus instintos de vingança. Depois de tudo, fica a dúvida: Jefferson escolheu Dirceu porque nada pega em Lula ou o procurador optou por colocar o ex-ministro da Casa Civil como “chefe de quadrilha” pela falta de coragem em denunciar o ex-presidente?

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