quarta-feira, 1 de agosto de 2012

BARRACO NA IMPRENSA


Claudio Julio Tognolli _247 - Por duas vezes seriadas, Alberto Dines, pai da crítica de mídia no Brasil, sagrado pelo disputadíssimo prêmio Moors Cabot, o Nobel do Jornalismo, atacou outro peso-pesado do jornalismo, o âncora Boris Casoy. No programa Roda Viva, da TV Cultura, e na revista da ABI, a Associação Brasileira de Imprensa, um rancoroso Dines apareceu de dedo em riste: acusando Boris de tê-lo cortado a cabeça, enquanto diretor da Folha de S. Paulo.

Boris Casoy mandou sua carta-resposta para a ABI, que não a publicou. Casoy sentiu-se censurado, e mandou o repique para alguns amigos. O Brasil 247 publica a resposta de Casoy com exclusividade.

A verdadeira história nem Dines nem Casoy relatam. Que é a seguinte: Dines era chefe da Sucursal da Folha no Rio de Janeiro. E nos anos 80 mandou para São Paulo a famosa história de que um empregado da Coca-Cola havia caído num tonel da bebida, e acabou afogado e derretido. A Folha publicou. Meses depois, confirmou-se que a história era falsa. Boris ficou na cola de Dines, que endossou a veracidade da história, mas acabou esquecendo.

Meses depois Dines escreveu na página dois da Folha um violento artigo contra Paulo Maluf. Boris o mandou para o dono do jornal, Octavio Frias de Oliveira. E decidiu-se que o artigo de Dines sairia publicado à página cinco do jornal, bem no abre. O que não aconteceu.

Nesta altura Boris Casoy estava em viagem à China. Na sua ausência, um secretário de redação alertou a Octavio Frias de Oliveira que Dines vinha mandando diariamente o artigo a São Paulo, "até que fosse publicado". Ao ler o artigo, finalmente, o finado seu Frias resolveu pela demissão do Alberto Dines: pelo fato de Dines insistir tanto em peitar uma ordem.

A história acima é o que se passou: nem Dines, nem Casoy, gostam de vê-la contada. E quem demitiu Dines não foi Casoy: foi o dono do jornal.

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