Membros da bancada do governo municipal, os vereadores David Evangelista (PMN) e Everton Carneiro (PTN), o primeiro discursando e o segundo aparteando, miraram na rebertura dos trabalhos pós recesso momesco a 3ª C iretran.
David, que ontem e hoje repetiu as denuncias nas emissoras de rádio, falou da existencia de "Caixa 2", sugerindo inclusive que os envolvidos, segundo ele, cerca de 70 por cento, fossem levados à autoridade policial.
Tom, que segundo alguns tem antigas ligações com a Ciretran, denunciou que uma servidora, sem citar o nome, e a identificando como parente de um oficial, também sem nominá-lo, manda e desmanda no orgão.
Sobre a fala de David, o diretor da Ciretran Evandro Oliveira, o nocauteou no "Primeira Página" da Rádio Povo, ao lembrar que no órgão não existe nem "Caixa1". Quanto ao aparte de Tom, a resposta foi em forma de cochichos, ouvidos ainda no plenário: "Satanás pregando quaresma".
A proposito, atualmente na Ciretran existem cinco cargos preenchidos por indicações do PMDB (três) e PT (dois). Evandro Oliveira, a autoridade maior e com ele dois oficiais - Juracy e Novais e dois civis - Maristela Oliveira (prima do cel. Claudio) e Leonardo Aras (irmão do promotor Vladimir Aras).
Os demais membros da Ciretran - onde não existe Reda, são militares de há muito requisitados que ficam a disposição, além dos servidores estaduais lotados também de há muito,na instituição.
O TERCEIRO MANDATO - Nunca, em toda a sua história, a bancada de oposição na Câmara Municipal de Feira de Santana viveu momento tão politicamente confortável quanto o atual. Composta por elementos vocacionados para o debate franco e aberto acerca das variáveis que dizem respeito às políticas públicas, os QUATRO CALEIROS DO APÓSCAPSO da Casa da Cidadania não terão dificuldade em identificar os furos de uma administração que já nasceu sob o signo do improviso e da submissão incondicional do “chefe” do Executivo, um ser multiforme cujo mimetismo político e a ganância desmesurada pelo poder o tornaram refém do NOVO CORONELISMO DA BAHIA, encarnado na pessoa concentradora do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho.
ResponderExcluirÀ sombra do mando efetivo de José Ronaldo, um prefeito apequenado em sua gloriazinha de isopor aguarda as ordens superiores, a cada situação real que lhe é imposta à frente de uma das maiores e mais importantes cidades brasileiras, pouco lhe importando o preço político a ser pago e o gigantismo da tarefa que tomou sobre os seus debilitados ombros.
E é na Câmara Municipal que o jogo se mostra ainda mais desfavorável ao gerente do TERCEIRO MANDATO de José Ronaldo de Carvalho. Nesta Casa da Cidadania o ex-prefeito controla politicamente todos os 19 vereadores que hipoteticamente estão aliados ao governo do Terceiro Mandato. Nenhum deles, sem exceção, deve obediência política ao gerente do TERCEIRO MANDATO, como alguns já deixaram claras as suas oposições e outros, mais incisivos, cobriram o governo a que, em tese, se encontram arrimados, de denúncias sérias e contundentes, logo em suas primeiras intervenções na abertura dos trabalhos legislativos.
De camarote e sem muito esforço retórico, à diminuta mais aguerrida bancada de oposição coube endossar os petardos lançados contra o gerente do TERCEIRO MANDATO, num bombardeio comandado por Tom, Getúlio Barbosa e o veterano e experiente José de Arimatéia, que em discurso escrito com a precisão de um estrategista de guerra, avisou ao TERCEIRO MANDATO que nada na Câmara seria aprovado se não fosse pela vontade dos sócios do Poder.
Onde teria sido articulado este devastador discurso de Arimatéia? Será que o pastor evangélico e ex-deputado estadual teria agido de moto próprio e sem o conhecimento prévio do seu líder maior?
Daí a fragilidade política de um Tarcízio Pimenta inexperiente e inapto às questões mais elementares do exercício de governar. Mergulhado no medo e preso aos laços que o dilaceram a jugular, ele olha para os lados e se vê cercado de ex-inimigos convertidos pela barriga e pela vontade de José Ronaldo em auxiliares do primeiro escalão.
Tarcízio está só, e a sua solidão seguirá silenciosamente até 2010, data suposta da sua libertação relativa, quando José Ronaldo de Carvalho assumir algum mandato eletivo, se assim o eleitorado de Feira de Santana entender. Enquanto o dia da libertação não chega, o jeito é criar golpes e jogadas de marketing para fazer de conta que está trabalhando à exaustão, mesmo que esta faina não passe de plantar uma árvore numa escolinha no Dia das Árvores, ou revirar vasos de água parada no pontapé inicial de campanhas municipais contra dengue, ou então retirar cartazes em vias públicas para posar de militante da causa ambiental, mesmo que o ridículo lhe core as faces de porcelana.