Por Urariano Mota
Como sempre, a televisão, a grande mídia, fala dos danos
causados pelos protestos à sociedade. Essa informação é conhecida: em todo
movimento ou greve, mostra-se o quanto a vida ficou ruim depois dos baderneiros
e agitadores. Jamais se mencionam as razões que levam à desordem. Minto,
mencionam, no cumprimento do papel de “mostrar o outro lado”. Mas pelo tempo
exibido, pela ênfase e eloquência, o outro lado é mínimo frente aos estragos
causados. Ensinava Brecht: "Do rio
que tudo arrasta, diz-se que é violento. Mas ninguém chama violentas as margens
que o comprimem".
Por que os estudantes ocupam escolas e universidades? Em
busca de respostas, ouço depoimentos como o de uma jovem na UFPE:
“Estamos aqui em defesa da educação pública, gratuita e de
qualidade, bandeira sob a qual já se unificam milhares de institutos,
universidades e escolas secundaristas, das redes federal, estadual e municipal,
nos tornando um único movimento de ocupação na educação pública nacional. A PEC
241 – agora PEC 55 – ataca os direitos
sociais duramente conquistados, desmonta o já precário estado de bem-estar social, impondo um regime de
congelamento orçamentário da União por 20 anos”.
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