Quando o marqueteiro João Santana foi preso pelo juiz Sergio Moro, na Operação Acarajé, acusado de receber recursos não contabilizados no exterior, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), bateu duro; "Ultrapassamos a fase testemunhal, das delações, e chegamos à fase documental. As investigações mostram que o publicitário do PT recebeu dinheiro durante o período eleitoral", disse Aécio; agora, Aécio está prestes a ser envolvido nas delações da Odebrecht por motivo bem mais grave; suas despesas pessoais, segundo delatores, seriam pagas por seu marqueteiro Paulo Vasconcelos, que recebia recursos da empreiteira e tudo, segundo os investigadores, está "muito bem documentado"; se as delações se confirmarem, ficará provado que o esquema entre Odebrecht e marqueteiro envolvia Aécio – e não a presidente deposta Dilma Rousseff
Minas 247 – Em fevereiro deste ano, quando o marqueteiro
João Santana, que fez a campanha presidencial de Dilma Rousseff, foi preso pelo
juiz Sergio Moro, na Operação Acarajé, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) soltou
rojões.
Santana era acusado de receber recursos da Odebrecht no
exterior, que, aparentemente, nada tinham a ver com Dilma, mas sim com
campanhas feitas pelo publicitário na África e na América Latina, mas ainda
assim o presidente nacional do PSDB comemorou.
"Ultrapassamos a fase testemunhal, das delações, e
chegamos à fase documental. As investigações mostram que o publicitário do PT
recebeu dinheiro durante o período eleitoral", disse ele. "É um forte
indício de que o que apontamos lá atrás, que a campanha recebeu dinheiro de
propina, estava correto. Por isso, temos que ter a serenidade de não apenas
fazer o embate político, mas tratar as coisas no leito adequado: a
Justiça", afirmou o tucano.
Bom, sabe-se agora, pelas delações da Odebrecht, reveladas
pelo jornalista Renato Onofre, na revista Veja, que quem era pago pela
Odebrecht, via seu marqueteiro Paulo Vasconcelos, era Aécio – e não Dilma
(saiba mais aqui).
Segundo a reportagem, Vasconcelos recebia recursos da
Odebrecht, por serviços não prestados, e bancava despesas pessoais de Aécio,
agindo como uma espécie de caixa informal do presidente nacional do PSDB. De
acordo com investigadores, está tudo "muito bem documentado" e Aécio
ainda não questionou a reportagem de Veja.
O senador, portanto, deve um pedido de desculpas à sociedade
brasileira e ao publicitário João Santana – além, é claro, da presidente
deposta Dilma Rousseff.
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