terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

CONDENADO, DIRCEU VOLTA A SER O AGITADOR DE 68


A partir das 19h00, em Brasília, ex-ministro volta a participar de ato em defesa do que os organizadores chamam de "legado do governo Lula"; trata-se, na verdade, de um roteiro criado pela CUT para que José Dirceu aproveite o que lhe resta de oxigênio em liberdade para defender-se da condenação pelo STF a dez anos e dez meses de prisão; "Nem se me colocarem numa solitária, vou me calar", disse ele no Rio, para delírio dos fãs; momentos de emoção devem se repetir hoje no auditório da Câmara Legislativa do DF; como nos velhos tempos das passeatas estudantis
5 DE FEVEREIRO DE 2013 
247 – Hoje é noite de Zé Dirceu. Não o Dirceu que se fechava no Palácio de Planalto, distante de todos, para gerir aos mais de 50 grupos de trabalho que coordenava em seus tempos de ministro chefe da Casa Civil do governo Lula. Nem aquele que, no exercício da presidência do PT, arquitetou em silêncio o plano que surpreendeu os adversários e, na base da paz e do amor, levou Lula ao poder depois de três derrotas consecutivas.
O Zé Dirceu que poderá ser visto hoje, em Brasília, a partir das 19h00, no auditório da Câmara Legislativa do DF, é bem mais parecido com o agitador dos idos de 1968, quando, megafone na mão ou a plenos pulmões, era visto no alto de carros comandando passeatas e inflamando as massas contra a ditadura militar. Os cabelos estão novamente cumpridos, a verve, afiada.
"Nem se me colocarem em regime fechado, nem se me colocarem numa solitária, vou me calar", disse ele na inauguração do circuito montado pela CUT e o PT, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, na semana passada. Com o auditório lotado, ele ouviu da platéia os gritos de 'José Dirceu, guerreiro do povo brasileiro'. Disse, àquela altura, que "há uma campanha para nos desmoralizar, numa tentativa de cercear o nosso direito. Mas quem fala em nome da Nação, no Brasil, não é o Supremo. É o parlamento brasileiro. E a presidenta brasileira". A caravana já passou por São Paulo e Belo Horizonte. Depois de Brasília, seguirá pelo Centro-Oeste. No Rio, Dirceu esteve acompanhado por Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, que não discursou. AQUI

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