O Brasil amanhece sob o impacto de uma notícia vinda de Teerã. Uma novidade que traz as digitais de Lula.
Os brasileiros ainda dormiam quando Lula foi ao café da manhã, nesta segunda (17).
Dividiu a mesa com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
Depois de se alimentar, os três foram ao encontro dos jornalistas. Trouxeram à luz um acerto esboçado na véspera.
Sob a mediação do Brasil e com a participação da Turquia, o Irã concordou em assinar um acordo para a troca de urânio por combustível nuclear.
Ao lado dos chefes e sob olhares dos repórteres, os ministros das Relações Exteriores dos três países assinaram o acordo.
Coube ao porta-voz da chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast, esmiuçar os termos do entendimento.
Pretende-se que a coisa funcione assim: O Irã enviará à Turquia 1.200 kg de urânio de baixo enriquecimento (3,5%).
O urânio ficará guardado na Turquia, sob vigilância turca e iraniana, pelo período de um ano.
Decorridos os 12 meses, o Irã receberia em troca 120 quilos de urânio enriquecido a 20% da Rússia e da França. Material destinado a pesquisas médicas.
Trata-se de uma fórmula parecida com a que havia sido sugerida, no final do ano passado, pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica da ONU).
A diferença é a presença da Turquia como fiel depositária do urânio do Irã. O governo turco mantém boas relações com Teerã e também com o Ocidente.
Comprometeu-se a devolver o urânio a Teerã caso os russos e os franceses não cumpram com a sua parte no acordo.
O acerto será submetido agora à AIEA. Só vai ser implementado se obtiver o aval da agência da ONU.
Imagina-se que o novo cenário pode esvaziar o balão das retaliações ao Irã, soprado pelos EUA, com a ajuda da comunidade Européia.
Se tudo correr como planejado, Lula voltará para o Brasil diferente. A barriga do presidente se converterá numa espécie de segundo peito.
Será difícil para a oposição aturá-lo. Um pedaço do petismo já falava, na noite passada, em articular a candidatura de Lula ao Nobel da Paz.
Proto-inimigo do regime de Teerã, Israel apressou-se em borrifar água fria na fervura diplomática.
Minutos depois do anúncio do acordo, o governo israelense mandou dizer que o Irã está apenas “manipulando” o Brasil e a Turquia. .
Escrito por Josias de Souza
Os brasileiros ainda dormiam quando Lula foi ao café da manhã, nesta segunda (17).
Dividiu a mesa com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
Depois de se alimentar, os três foram ao encontro dos jornalistas. Trouxeram à luz um acerto esboçado na véspera.
Sob a mediação do Brasil e com a participação da Turquia, o Irã concordou em assinar um acordo para a troca de urânio por combustível nuclear.
Ao lado dos chefes e sob olhares dos repórteres, os ministros das Relações Exteriores dos três países assinaram o acordo.
Coube ao porta-voz da chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast, esmiuçar os termos do entendimento.
Pretende-se que a coisa funcione assim: O Irã enviará à Turquia 1.200 kg de urânio de baixo enriquecimento (3,5%).
O urânio ficará guardado na Turquia, sob vigilância turca e iraniana, pelo período de um ano.
Decorridos os 12 meses, o Irã receberia em troca 120 quilos de urânio enriquecido a 20% da Rússia e da França. Material destinado a pesquisas médicas.
Trata-se de uma fórmula parecida com a que havia sido sugerida, no final do ano passado, pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica da ONU).
A diferença é a presença da Turquia como fiel depositária do urânio do Irã. O governo turco mantém boas relações com Teerã e também com o Ocidente.
Comprometeu-se a devolver o urânio a Teerã caso os russos e os franceses não cumpram com a sua parte no acordo.
O acerto será submetido agora à AIEA. Só vai ser implementado se obtiver o aval da agência da ONU.
Imagina-se que o novo cenário pode esvaziar o balão das retaliações ao Irã, soprado pelos EUA, com a ajuda da comunidade Européia.
Se tudo correr como planejado, Lula voltará para o Brasil diferente. A barriga do presidente se converterá numa espécie de segundo peito.
Será difícil para a oposição aturá-lo. Um pedaço do petismo já falava, na noite passada, em articular a candidatura de Lula ao Nobel da Paz.
Proto-inimigo do regime de Teerã, Israel apressou-se em borrifar água fria na fervura diplomática.
Minutos depois do anúncio do acordo, o governo israelense mandou dizer que o Irã está apenas “manipulando” o Brasil e a Turquia. .
Escrito por Josias de Souza
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