Fernando Bito
Da Folha, agora à noite:
O governo Michel Temer decidiu suspender o reajuste do Bolsa
Família que pretendia anunciar em julho. O presidente queria conceder um
aumento de 4,6% no benefício como um dos instrumentos para ganhar popularidade,
mas a área econômica avaliou que, em meio à crise financeira, não há espaço no
Orçamento para isso.(…)
O plano original do governo era anunciar um reajuste do
Bolsa Família de 4,6% –um ponto percentual acima da inflação registrada nos
últimos doze meses. Em maio, o ministro Osmar Terra disse à Folha que o aumento
seria oficializado em julho.
Sem “economês”: o governo não tem dinheiro e está sabendo
que as contas de 2017 não fecham no “rombo” de R$ 140 bilhões previstos,
E olha que o reajuste não daria muito mais que R$ 600
milhões.
Óbvio que isso não resolve nada e o “gargalo” é que os R$ 50
bilhões que o Governo precisa obter com privatizações, concessões e repatriação
de recursos sofrem o efeito da perda de credibilidade da administração Temer e
caíram de preço, por isso. Para vender, só a preço de banana.
Medidas duras para aumentar a arrecadação, porém, estão
interditadas até que Temer consiga rejeitar as denúncias da PGR na Câmara.
As contas de maio foram desastrosas e as de junho, segundo
as projeções. não serão menos.
A repatriação de recursos – que tem de ser dividida ao meio
com os Estados – não passou de R$ 13 bilhões contra uma expectativa inicial de
R$ 30 bi. A reoneração fiscal de 50 setores da economia ficou para 2018.
Temer tem mais ameaças do que aquelas vindas do caso JBS.
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