Por Fernando Brito
Depois do inacreditável recesso de meio de ano do
Legislativo e do Judiciário – porque sagrado é só o ócio – parece encerrado o
período em que Michel Temer esteve livre para brincar sozinho no quintal.
Terça-feira, os mal-comportados meninos do parlamento voltam
à aulas, em princípio decididos a dizer “presente” à chamada do “Tio Temer”
para que este continue como diretor da escolinha.
Enquanto isso, o Dr. Janot prepara mais um de suas flechas
de bambu: obstrução da justiça, delação de Cunha ou de Funaro?
Henrique Meirelles e a meta fiscal duram até a rejeição da
denúncia contra Temer e/ou a divulgação do buraco das contas de julho.
Já estão nas contas, também, mais três ou quatro escândalos
que, a esta altura, já não comovem uma opinião pública que ainda não percebe
que, desde que começou a novela dos bons rapazes (ricos) contra os malvados
corruptos a vida só fez piorar e o país, afundar.
A regra é acuse, desmoralize e nem precisa provar.
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