Por Fernando Brito
Ontem, ao falar do novo corte do orçamento do Programa de
Aceleração do Crescimento – que foi virtualmente destruído – mencionei, sem dar
maiores detalhes, que ele incluia o “Minha Casa, Minha Vida”.
Hoje, o professor Fernando Nogueira da Costa, da Unicamp, me
socorre, em seu blog,com dados reunidos pelo Valor (reportagem de Edna Simão,
dia 10) que demonstra que o programa
habitacional também foi destroçado, com ênfase especial no aniquilamento da faixa
1, a voltada aos mais carentes. Não apenas em recursos mas pelo direcionamento
para faixas onde o subsídio é menor ou inexistente do financiamento ainda
existente:
As contratações para o público de menor renda (até R$ 1,8
mil), que dependem fundamentalmente de recursos orçamentários, estão cada vez
mais escassas e sendo substituídas por modalidades onde há algum tipo de
financiamento.
Segundo último balanço do programa disponível, repassado
pelo Ministério das Cidades, apenas 1.850 unidades de 110.129 foram contratadas
no acumulado de janeiro a abril deste ano por famílias com renda mensal de até
R$ 1,8 mil. O resultado representa uma redução de 51% na comparação com 2016,
período em que em que as contratações já estavam aquém das expectativas devido à
redução das receitas provocada pela recessão econômica.
Lula se pretende como disse hoje, viajar pelo Brasil para
ver “o que eles destruíram” vai ter muitos lugares para visitar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário