quinta-feira, 30 de junho de 2016

A FINALIDADE DO DÉFICIT É COMPRAR APOIO OU “É A ECONOMIA, ESTÚPIDO”?

Por Fernando Brito

O governo Temer subiu ao poder aos gritos de “cortar, cortar, cortar!”.

Era a voz da mídia, amplificado a voz do “mercado”, isto é, a voz do dinheiro.

A fúria “cortista” não economizava exemplos: cortem-se ministérios (com o da Cultura, aliás, saiu “caro”), corte-se publicidade nos “blogs sujos” (de minha parte, agradeço a comprovação de que não me vinha um “tusta” do Governo), corte-se até assessores e a despensa do Palácio da Alvorada, onde aquela malvada Dilma gastadeira (só rindo) comia demais.

Para qualquer um com mais de dois neurônios, claro, pura quinquilharia de efeito publicitário.

Para valer – um dia, claro – a “retomada” do dinheiro à disposição do BNDES  para ofertar crédito às empresas e as “metas orçamentárias” para não gastar mais – apenas a variação inflacionária, e olhe lá – durante uma geração.

Bastou um mês e mais metade para que se visse que a verdade é outra.

Pode-se, claro, cortar naquilo que é estruturante: capacidade produtiva, educação, saúde pública.

Mas não se pode senão gastar mais no que é a única “meta” para valer do governo Temer: consumar a usurpação de poder.

Quem não teve voto, claro, precisa de apoio político.

E apoio político, do dia para a noite, porque a votação do impeachment está logo ali.

Então, aí está a razão do “pacote de bondades”.


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