Ao comentar a reforma política do deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), que acabou com a reeleição no Brasil, o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) elogiou a medida e disse que a presidente Dilma Rousseff a
"desmoralizou"; no entanto, nenhuma reeleição custou tão caro ao País
como a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998 – e não apenas
porque os votos dos parlamentares foram negociados por R$ 200 mil para aprovar
a emenda constitucional; antes de se reeleger, FHC manteve o real
artificialmente valorizado e queimou praticamente todas as reservas
internacionais do País; resultado, a moeda foi desvalorizada em fevereiro de
1999, menos de dois meses após sua posse, e o Brasil se viu forçado, mais uma
vez, a se ajoelhar diante do Fundo Monetário Internacional
247 - "Durante a campanha eleitoral defendi o fim da
reeleição e mandato de 5 anos para todos os cargos eletivos. Tivemos a
experiência da reeleição. Não nos arrependemos dela, mas é preciso que tenhamos
a capacidade de avaliar se foi boa e se foi ruim. Acho que a presidente da
República acabou por desmoralizar a reeleição", disse, nesta quinta-feira,
o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ao comentar a reforma política do deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que eliminou a possibilidade de reeleição no Poder
Executivo.
Aécio preferiu não lembrar que a reeleição foi instituída
pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, numa reforma política que o
beneficiou diretamente, com a mudança das regras do jogo em plena partida.
Contando com intenso lobby midiático, FHC conseguiu aprovar, em seu primeiro
mandato, a emenda constitucional que permitia a reeleição. Depois, este acabou
sendo o maior escândalo de sua gestão, quando se soube que cada parlamentar
recebeu cerca de R$ 200 mil para votar a favor da emenda (relembre o caso em
texto de Eduardo Guimarães). AQUI
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