O GABINETE DO PREFEITO E A "BAIXINHA DA ÉGUA"

Afora os dois anos de Newton da Costa Falcão eleito em 1970, os ex-prefeitos João Durval, José Falcão e Colbert Martins se reversaram no poder municipal a partir do final dos anos 60 até o início dos anos 90.

Ao longo de todo esse tempo - quase três décadas, o gabinete do prefeito funcionou exclusivamente no Paço Municipal, construído nos anos 20

Entrevistas coletivas, despachos administrativos, atendimento aos munícipes, encontros com políticos, empresários, entidades, era sempre no prédio da prefeitura, a "viúva cobiçada", como dizia o filósofo da Galileia, Mário Ferro Velho.

Mudava-se apenas o espaço ocupado: ora no terreo, ora no andar de cima. As vezes dando frente para as avenidas Getulio Vargas e Senhor dos Passos, outras vezes para a lateral do Cine Santanópolis, que mais tarde virou Timbira.

Resumindo, foi na virada do século e com ele a chegada do novo milênio, que o majestoso prédio edificado pelos intendentes Bernardino Bahia e Arnold Silva passou a dividir com outros espaços o gabinete do alcaide, inclusive nos atos solenes de transmissão de cargo.

A propósito, numa dessas transmissões, o vice-prefeito que sempre sonhou assumir o executivo no belo Paço Municipal, ficou surpreso ao ser convocado para assinar o termo de posse em um Centro Integrado de Apoio ao Adolescente localizado nos fundos da Rua de Aurora, mas precisamente na "Rua Baixinha da Égua".