Por Adilson Simas
Até os anos 70, a câmara dispunha apenas
do titulo de “Cidadão Feirense” com o qual distinguia pessoas com grandes
serviços prestados a cidade, mas que aqui não nasceram.
O primeiro titulo foi concedido a
Padre Mário Pessoa Bahiense da Silva e o autor da resolução foi o vereador
Antônio Pinto, irmão de Chico Pinto durante a IV Legislatura (1959/1962)
.
Padre Mário nasceu em Salvador,
mas grande parte de sua vida foi dedicada a esta cidade. Homem santo, entre
outras marcas, além de dar continuidade ao Asilo de Lourdes idealizado por
Padre Ovídio, foi o criador do
Dispensário de Santana.
Em 1979, na IX legislatura, a
câmara instituiu a “Comenda Maria Quitéria”. para distinguir personalidades com
comprovadas ações em favor da cidade nos mais diversos setores. Além dos
feirenses, também são laureados os não feirenses. Tipo aquela história: a
personalidade ainda não pode ter o titulo de Cidadão Feirense, mas já faz jus a
Comenda Maria Quitéria.
O autor foi o vereador Antônio
Carlos Coelho e o escolhido para receber a
primeira comenda foi o radialista Edival Souza, que dispensa
comentários.
Em tempos idos, sessão especial
da câmara para a entrega do titulo de “Cidadão Feirense” ou a “Comenda Maria
Quitéria”, só acontecia de “caju em caju”, dada à rigidez que marcava a votação
e aprovação das honrarias.
Aquele acontecimento mexia com toda a cidade. Povo, autoridades e
os próprios vereadores disputavam espaço, sem falar que a filarmônica escalada para executar o Hino a Feira
e seus belos dobrados inaugurava farda nova.
O evento, raro em tempo distante, passou a ser realizado quase que o ano inteiro,
transformado em ato rotineiro da Casa, e muitas vezes quase sem a presença dos
próprios vereadores.
Exceto em casos especiais, muitas
dessas sessões são realizadas apenas com a presença do presidente da casa, isso quando aparece, do vereador autor da proposta que termina comando o ato e o homenageado
com seus convidados.
Acreditamos, até aqui, que os escolhidos fizeram por merecer a honraria.
Por outro lado, não podemos esconder que nos dias atuais já não existe a mesma
rigidez do passado na hora da indicação.
Tanto assim que já há algum tempo
a câmara concede o titulo de Cidadão Feirense a todo militar que desembarga nesta
cidade, seja para dirigir o Batalhão de Policia, seja para comandar o 35º BI,
alguns deixando a cidade às vezes com menos de dois anos de sua chegada.
Mesmo com o título de “Cidadão Feirense”
e a “Comenda Maria Quitéria” não mais motivando sessões com o mesmo brilho de outrora, a
Câmara continua criando outras condecorações que de
tão abrangentes terminam diminuindo mais ainda
o objetivo da Comenda Maria Quitéria, destinada às pessoas com serviços nas mais diversas áreas.
Eis outras honrarias e suas
respectivas denominações, também concedidas pelos vereadores: Áureo Filho
(pessoas com atuação na área educacional).
Filinto Bastos (no poder judiciário), Padre Ovídio (na igreja católica),
Godofredo Filho (nas artes e letras), Colbert Martins (ligadas a maçonaria),
Gastão Guimarães (médicos e profissionais ligados a saúde), Tertuliano Santos (ligadas
às músicas e composições) Armando Menezes (servidores municipais dos dois poderes),
Anápio Miranda (engenheiros e arquitetos) Enook Oliveira (ligadas às ciências
contábeis), Missionário Roderick (igrejas evangélicas), Dival Machado (vereadores no seu dia) Arnold Silva (
profissionais e órgãos de comunicação pela cobertura aos trabalhos da Casa)
entre as honrarias também o Mérito Rotário, Zumbí dos Palmares, Certificado Verde
e Certificado de Excelência e outras denominações
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