Por Fernando Brito
O vazamento da delação de Antonio Palocci, negociado com o
jornal O Globo é rocambolesco.
História para fazer um “filme B” de Hollywood.
Palocci diz que “foi
pessoalmente levar pacotes de dinheiro vivo ao ex-presidente e relacionou datas
e valores entregues por um de seus principais assessores, Branislav Kontic, na
sede do Instituto Lula”.
Lula devia andar meio “por baixo” porque segundo Palocci,
“chegavam a somar R$ 50 mil” ou dez por
cento do que Rodrigo Rocha Loures pegava a cada mala da JBS.
Segundo o jornal, Palocci teria como provas o depoimento de
motoristas que o levavam ao Insituto Lula e o rastreamento de antenas de
celular mostrando que ele ia se encontrar com Lula.
Palocci listou datas e horários das entregas de dinheiro a
Lula como parte do conteúdo probatório. A partir dessas informações,
investigadores teriam condições de atestar encontros, por meio de ligações
telefônicas entre Lula e Palocci, e pela posição dos aparelhos celulares no
mapa de antenas.
Ora, está evidente que Palocci não tem nada para incriminar
Lula e, não tendo, quer apelar para histórias sem nenhum conteúdo de prova.
Ir ao encontro de Lula é crime.
Ligar, a caminho, do celular, para ele, é prova de que
estava levando dinheiro?
Alguém acredita que o homem que governava com poder sobre
dezenas de bilhões de reais ia receber um “paco” de R$ 50 mil numa complicada
operação logística, quando podia receber cinco ou sete vezes mais por uma
palestra, sem qualquer problema?
As tratativas de Antonio Palocci com o Ministério
Público esbarraram na falta de provas do
que dizia.
Agora, a meganhagem da Polícia Federal, pega o bagaço do
ex-todo-poderoso e usa para tentar
desfazer a onda pró-Lula que se forma no país.
Palocci é só um destes desqualificados que sempre faz aquilo
que os outros pedem dele, sejam o “mercado” sejam os policiais.
Dele, só vem marola.
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