Da jornalista Helena Chagas, no site Os Divergentes:
Sempre odiei os arautos do caos, os profetas da catástrofe,
as cassandras – como se dizia antigamente – que ficavam vendo crises
institucionais e golpes em cada esquina. Estão quase sempre errados, ainda bem,
e podemos dormir tranquilos porque a nossa democracia é forte. Que Deus nos
ouça. Só que, a esta altura do campeonato, depois dos tiros disparados contra o
acampamento da turma do Lula em Curitiba, e de alguns outros sinais de
radicalização daqui e dali, não há como evitar certa inquietude.
Parece que alguém está querendo um cadáver, e pode ser que,
até outubro, consiga. Algo está muito errado na hora em que a política começa a
ser feita com tiros – e esta não foi a
primeira vez nos últimos tempos, se lembrarmos dos ataques à caravana lulista
há algumas semanas. Os tiros paranaenses deste fim de semana feriram uma pessoa
gravemente e uma outra de forma mais leve. Ninguém morreu, ainda bem, e se as
investigações seguirem o roteiro habitual não se saberá de onde, nem de quem,
partiram os disparos. A vida seguirá até o próximo ato. MAIS
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