Por Fernando Brito
Se o prefeito de Guarapirunga do Norte, a dois meses de
encerrar seu mandato, dissesse que “”enquanto houver bambu lá vai flecha, até 17
de setembro a caneta está na minha mão”, isso seria escandaloso, prova do
atrelamento do poder público à vontade
pessoal do mandatário.
Mas, como foi dita por Rodrigo Janot e a flecha é contra
Michel Temer – que merece um cento delas –
não choca ninguém.
A mim, choca.
Vai para a galeria das bravatas, como as de Gilmar Mendes,
seu adversário e aparador de suas
flechas.
Não é linguagem compatível com o chefe do Ministério
Público, como as de Gilmar não são para ministros do Supremo.
Mas são o que temos, a esta altura.
Um ministro prende outro solta; o mesmo ministro prende,
depois solta, sem que nada de relevante tenha acontecido. Um promotor de 1ª
instância esculhamba dois ministros do
Supremo, acusando-o de cúmplice da impunidade da corrupção.
As discussões da Justiça brasileira se assemelham, cada vez
mais, a bate-bocas de botequim.
Decoro, lei, ponderação? Passem outro dia, está em falta.
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