domingo, 30 de julho de 2017

AS NÃO-PESQUISAS QUEREM DIZER ALGO

Por Fernando Brito

Há 17 dias o juiz Sérgio Moro condenou a nove anos e meio de prisão o primeiro colocado em todas as pesquisas eleitorais para 2018.

Nenhum dos grandes institutos de pesquisa, até agora, dignou-se a medir o impacto da condenação de Lula na intenção de voto presidencial.

Conhecendo-se como se conhece os institutos de pesquisa brasileiros, bem como os pagadores das pesquisas, é um sinal de que “a jararaca” está viva.

E há outros sinais, ainda.

A pesquisa CNI Ibope, divulgada anteontem, diz que 52% dos entrevistados considera o Governo Dilma – com todos os seus problemas – melhor que o de Temer.  Não parece ser opção de quem tenha rejeição absoluta a Lula.

Hoje, o Poder360 publica levantamento do tal Instituto Paraná Pesquisas, sobre o qual não deposito maior credibilidade (política, não técnica) que mostra que a rejeição – apontada como o grande problema de Lula – e semelhante para os três principais candidatos (Lula, 56; Bolsonaro, 53; Alckmin, 52).

Nos cenários de segundo turno apresentados, Lula vence todos os possíveis adversários: Bolsonaro, Doria, Marina, Joaquim Barbosa (?) e Geraldo Alckmin.

Todo o poder da mídia, do mercado e do Judiciário, ao que parece, não conseguiram destruir Lula, mesmo parindo personagens  como Bolsonaro e Doria.

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