quarta-feira, 1 de julho de 2015

CARMEM MIRANDA E A TRISTE JANDAYA

Luciano Hortencio

Jandaya, tão bonitinha, no terreiro é uma santa
Ela véve tristezinha, por saber que o galo canta
Cuma não sabe cantar, véve triste a saluçá
Periquitinho, quedê Jandaya? Percure nos miará...
Mas não vá comê meus mio, que é de meu galo armoçá!
Que é de meu galo armoçá!

Se voa arto atrapaia os gavião
P'rá não comê os pintinho na bêra do riachão
Vô ranjá uma ispingarda, p'rá cabá com essa cambada
Periquitinho, quedê Jandaya? Percure nos miará...
Mas não vá comê meus mio, que é de meu galo armoçá!
Que é de meu galo armoçá!

Gavião deu lá na roça, que eu tinha no São Gonçalo
Comeu os meu mio todo, que eu sustentava meu galo
Ô gavião, se tu descê, ai, se aperpare p'rá morrê!
Periquitinho, quedê Jandaya? Percure nos miará
Mas não vá comê meus mio, que é de meu galo armoçá!
Não vá comê meus mio, que é de meu galo armoçá!
Foi ouvindo TRISTE JANDAYA em uma loja de discos que o compositor Joubert de Carvalho se encantou com a voz de Cármen Miranda. Joubert perguntou quem cantava a música e o vendedor respondeu: "Você não a conhece. É uma cantora nova que vai aparecer". Joubert então manifestou seu desejo de conhecer a nóvel intérprete e fazer uma música para ela gravar. Naquele exato momento, Carmen Miranda apareceu! E Joubert compôs para Carmen aquele que seria o primeiro grande hit da "pequena notável": a "marcha-canção" "Pra você gostar de mim", aliás "Taí". Samuel Machado Filho. VÍDEO

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