Por Fernando Brito
O coordenador do Ministério Público na Operação Lava Jato,
Deltan Dallagnol, como noticiou a Folha, fez ontem uma pregação numa igreja
evangélica defendendo a antecipação de penas e outros agravamentos para os que,
segundo a ótica do MP, estiverem envolvidos em corrupção.
Nem vou falar da impropriedade de fazer este tipo de
campanha num púlpito de igreja, muito menos do absurdo de dizer que ” acredita que “Deus colabora
com a Lava Jato” (segundo o repórter Bernardo Mello Franco), ou que misturar
religião e sistema judicial e suas penas, ao que eu saiba, deu na Inquisição e
suas fogueiras.
Chamo atenção para outro aspecto.
É curioso que um dos líderes do grupo de procuradores num
conjunto de quase 200 inquéritos, 120 réus, dezenas de presos, muitos deles por
quatro meses, sem acusação formal contra si ainda queira – e que, por isso é
preciso endurecer a legislação .
É o caso de perguntar em que a legislação atual impediu os
promotores e o o Dr. Sérgio Moro de agir.
Não prenderam quem quiseram, pelo tempo que quiseram,
fizeram buscas e apreensões onde desejaram? MAIS
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