Por Fernando Brito
O “blocão” liderado pelo Jim Jones do PMDB rachou e Eduardo
Cunha não teve como sustentar a sua posição – ou melhor das empresas de
telefonia – de evitar que a lei do Marco Civil da Internet contivesse
regulamentação sobre a neutralidade da rede.
O Governo ofereceu uma concessão: a de que o decreto
presidencial regulamentando a velocidade do
tráfego de dados na rede fosse feito com a oitiva prévia da Anatel e do
Comitê Gestor da Internet, para a adequação técnica e Cunha se viu isolado na
posição de “não-ingerência estatal” no
tema.
“Quando o governo sentou à mesa para negociação, o PMDB veio
para o debate, e vamos apoiar o projeto e retirar todos os destaques.
Entendemos que não estamos produzindo o regulamento ideal e, na minha avaliação
pessoal, ideal seria não ter regulação, mas o PMDB vai votar favoravelmente”,
disse Cunha.
O projeto, agora, não deve enfrentar objeções no Senado.
Cunha é, como se
sabe, suicida com o pescoço alheio.
Do dele ele cuida bem direitinho.
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