A mentira é uma das peças fundamentais da vida em sociedade. Só se torna nociva quando vira um hábito ou é usada para prejudicar o outro
Se seu filho não mente, leve-o ao médico. É o que recomendam
os estudiosos do comportamento. Mentir é um sinal de evolução e, sem ela, o
mundo seria um completo caos. “A mentira é o pilar das relações sociais”,
explica o filósofo e psicólogo evolutivo David Livingstone Smith no livro “Por
que as Pessoas Mentem?”. "Não teria sido inadequado chamá-lo de Homo
fallax ('Homem enganador') em vez de Homo sapiens ('Homem sábio')", ele
escreve na obra.
Desde cedo, a criança percebe as vantagens de mentir e irá
fazê-lo pelo resto da vida. “Na escola, quando descobre que ao assumir seus
erros é punida, ela começa a se esquivar de suas responsabilidades”, explica
Paulo. As próprias mães são dúbias com relação à mentira desde o início da
criação: elas dizem para o filho não mentir, mas quando a criança atende uma
ligação indesejada, não hesitam em dizer: “Se for fulano, diga que não estou”.
Por dia, escutamos cerca de 210 mentiras. Quem afirma é
Robert Feldman, professor de psicologia da Universidade de Massachusetts, nos
Estados Unidos, e autor do livro "Quem é o Mentiroso da Sua Vida?",
que realizou um estudo demonstrando que uma pessoa conta em média três mentiras
a cada dez minutos.
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