Por JNS
Na feira de São Cristóvão reduto dos nordestinos no RJ
encontramos um destes típicos poetas
populares.Todos os domingos José João dos Santos passeia pela feira que ajudou
a criar: - “Dos fundadores só tem vivo eu!”, testemunha o poeta.
‘Ele saiu da Paraiba para o Rio de Janeiro na década de 40,
trabalhou como pedreiro, como porteiro, até ficar conhecido por suas cantorias
e versos como Mestre Azulão'.
‘Na terra de Azulão não chove no mês de maio
O povo de lá só vive de fazer cesto e balaio
Foi a terra que a vaca engoliu o papagaio’
O super bem humorado Mestre Azulão acredita que a vaca
confundiu o verde papagaio com uma moita de capim.
O POETA
Quem foi na sede da Academia Brasileira de Literatura de
Cordel neste fim de semana pôde ouvir um pouquinho do talento de José João dos
Santos, o grande Mestre Azulão.
O poeta-cantador paraibano mostrou um pouquinho do seu vasto
repertório no 'Encontro com Mestres Populares e Rodas de Cantorias'.
Morador do Rio de Janeiro há 58 anos, foi um dos principais
fundadores da feira nordestina de São Cristóvão (RJ), como ele mesmo conta no
seu livreto “A feira nordestina, foi assim que começou” (2007), editado pela
Tupynanquim editora.
É na própria feira que ele possui sua barraquinha de cordéis,
onde os vende em grande quantidade.
Do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas (como é
nomeada a Feira de São Cristóvão) ele só reclama do barulho das barracas que o
impede de recitar no seu local preferido, a praça Catulé da Rocha, bem no centro
da feira.
Além de ser um grande repentista, Azulão já escreveu mais de
300 cordéis, sabe de cor romances que ninguém mais sabe e é também mestre de
reisado.
Azulão é pequenino, mas na hora de cantar, a sua voz ecoa
poderosa - êta veinho danado!
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