A festa de São João, com suas fogueiras, fogos de artifício, pamonha, canjica, bolos de tapioca, puba e aipim, é historicamente nordestina.
As festas dançantes eram ao som da quadrilha, quando também se organizavam blocos nos clubes para a dança da quadrilha com marcadores que seguiam gritando cada passo a ser dado: anarriê (do francês annexer- incorporar, unir), a chuva, a cobra, etc..
Direta ou indiretamente todos participavam das quadrilhas, soltavam balões, tocavam fogos de artifício, comiam milho verde, bolos, bebiam licores.
As festas juninas estão perdendo a tradição: são raras as quadrilhas e quando formam para concursos o que vale é a coreografia. Na verdade a coreografia mais apresentada é a cópia do tradicional can-can do velho oeste americano, onde as coristas balançavam a saia para que aparecessem as pernas. Assim são as quadrilhas de hoje, quando têm, pois o normal atualmente são os famosos trios elétricos ou palcos armados em alguma parte central da cidade, apresentando as bandas Chiclete com banana, calcinha pretas e tantas outras que nada tem a ver com a festa tradicional de S. João..
Estamos perdendo uma tradição quase milenar. É necessário que se conserve as quadrilhas tipicamente juninas. Estas, alem de pouquíssimo dispendiosas dão margem a uma festa diferente, tipicamente nordestina. As comemorações com bandas e trio elétrico são muito boas para carnavais e micaretas.
Até nas exposições, onde eram apresentados violeiros, cantadores, aboiadores e duplas sertanejas hoje esta contaminada com apresentações em grandes palcos com as mesmas bandas que infestam a Bahia.
Como os descendentes de africanos buscam hoje a tradição dos seus antepassados, a maioria, perdida no tempo pela ignorância de uma época, no futuro serão os descendentes nordestinos que estarão buscando aquela beleza das festas juninas que a nossa negligência está confundindo e sepultando-a na ganância de “levar vantagem” em tudo.
Aproveitem enquanto ainda existem pessoas que estão passando a tradição de quadrilhas nos pequenos povoados aos seus descendentes. Aproveitem agora ou será tarde demais.
Por Antonio Moreira Ferreira
As festas dançantes eram ao som da quadrilha, quando também se organizavam blocos nos clubes para a dança da quadrilha com marcadores que seguiam gritando cada passo a ser dado: anarriê (do francês annexer- incorporar, unir), a chuva, a cobra, etc..
Direta ou indiretamente todos participavam das quadrilhas, soltavam balões, tocavam fogos de artifício, comiam milho verde, bolos, bebiam licores.
As festas juninas estão perdendo a tradição: são raras as quadrilhas e quando formam para concursos o que vale é a coreografia. Na verdade a coreografia mais apresentada é a cópia do tradicional can-can do velho oeste americano, onde as coristas balançavam a saia para que aparecessem as pernas. Assim são as quadrilhas de hoje, quando têm, pois o normal atualmente são os famosos trios elétricos ou palcos armados em alguma parte central da cidade, apresentando as bandas Chiclete com banana, calcinha pretas e tantas outras que nada tem a ver com a festa tradicional de S. João..
Estamos perdendo uma tradição quase milenar. É necessário que se conserve as quadrilhas tipicamente juninas. Estas, alem de pouquíssimo dispendiosas dão margem a uma festa diferente, tipicamente nordestina. As comemorações com bandas e trio elétrico são muito boas para carnavais e micaretas.
Até nas exposições, onde eram apresentados violeiros, cantadores, aboiadores e duplas sertanejas hoje esta contaminada com apresentações em grandes palcos com as mesmas bandas que infestam a Bahia.
Como os descendentes de africanos buscam hoje a tradição dos seus antepassados, a maioria, perdida no tempo pela ignorância de uma época, no futuro serão os descendentes nordestinos que estarão buscando aquela beleza das festas juninas que a nossa negligência está confundindo e sepultando-a na ganância de “levar vantagem” em tudo.
Aproveitem enquanto ainda existem pessoas que estão passando a tradição de quadrilhas nos pequenos povoados aos seus descendentes. Aproveitem agora ou será tarde demais.
Por Antonio Moreira Ferreira
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