por Mauro Santayana, no JBonline
Noticiam os jornais uma romaria de políticos a Minas, com o objetivo de “convencer” o seu governador a aceitar a candidatura a vice-presidente na chapa encabeçada pelo governador de São Paulo. Se não bastassem as afirmações anteriores, anteontem, ao abrir as solenidades de homenagem a Tancredo Neves, Aécio não poderia ter sido mais claro: sendo “mestiço”, não pode aceitar compor uma chapa “puro-sangue”. Quando Aécio se identifica como “mestiço” – e em seu sangue, como de quase todos os mineiros velhos, há genes de bugres e puris – a metáfora é mais política do que biológica. Aécio deve ter pensado na Federação, que foi desouvida no processo. Por isso mesmo, ainda que sempre defendesse a ideia de uma coligação interpartidária, sugeriu o nome do senador Tasso Jereissati, do Ceará, para compor a chapa presidencial ao lado de José Serra.
Com todo o respeito pelo governador José Serra, que deve lastrear-se em respeitáveis razões para ter adiado seu anúncio como candidato, é curioso, para dizer pouco, que os tucanos de São Paulo pretendam responsabilizar o outro lado da Mantiqueira pela eventual derrota do PSDB em outubro. Aécio foi claro, desde o início. Pretendia disputar a Presidência. Como cidadão, cumpria os requisitos exigidos pela legislação eleitoral. Como homem público e governador de um estado federado (no caso, Minas, mas poderia ser o Piauí ou Pernambuco), tem credenciais obtidas pelo seu desempenho no Executivo, e em 16 anos de mandato parlamentar, dois dos quais na presidência da Câmara dos Deputados. No Blog do AZENHA
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