Por Fernando Brito
Não há, até agora, nenhum ato do sr. Jair Bolsonaro que
permita ligá-lo, do ponto de vista criminal, às estrepolias de seu
confessadamente amigo Fabrício Queiroz ou às de seu filho, Flávio.
Não há, a não ser que se utilize o estranho “Direito” que
passou a imperar aqui e, embora com vergonha de utilizar o nome de “Teoria do
Domínio do Fato”.
Neste caso, o fato de Jair Bolsonaro ter nomeado a filha de
Queiroz em seu gabinete, recebendo sem trabalhar e repassando dinheiro ao
esquema, além das contratações partilhadas – ora com ele, ora com Flávio – de parentes de sua ex-mulher Ana Cristina
Valle são tão suficientes para provar que ele conhecia e patrocinava o esquema
quanto o fato de Lula ter nomeado diretores que desviavam dinheiro na
Petrobras.
Sérgio Moro reconheceu que não havia ato de Lula a
justificar o suposto favorecimento no caso do Guarujá, mas que o ex-presidente
ter nomeado e mantido aqueles sujeitos era motivo para condená-lo.
Ok, ok…Aos fatos, sem partidarismos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário