domingo, 28 de janeiro de 2018

ELEIÇÃO NÃO É ARITMÉTICA

Por Fernando Brito
Pode ser que, lendo um pouco mais, ache-se algo de análise política nos  jornais que vá além do primário exercício aritmético de especulações sobre o destino dos votos de Lula.

Delírios que não são só dos analistas, mas alguns candidatos,  os com menos decoro, como Marina Silva que, em O Globo, sugere ao PT, PSDB, PMDB e ao DEM o que ela própria faz, que decretem “quatro anos sabáticos” para reler seus programas e, talvez, fazerem uma “elevação espiritual”. Típico de Marina, sem nenhum outro compromisso que não com a sua própria ambição e que não hesita em fugir da luta política e apostando em uma possível megassena eleitoral, com seus números vencendo porque os outros foram retirados do “sorteio”.

O Globo estima que 53 milhões de votos só nas cidades do interior o butim que se abre com a exclusão de Lula e os analistas de pesquisa ouvidos pelo jornal deveriam, sobre eles, recordar a frase atribuída a D. Maria Maluf, quando os futuros herdeiros brigavam pelo controle do grupo Eucatex, pertencente à família: “não se depena a galinha ainda viva”.


Agora, pior ainda, porque agora se trata, em autodefinição, de uma jararaca e só mesmo os muito tolos descuidam dela mesmo depois de um golpe aparentemente fatal.

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