Por Fernando Brito
Pode ser que, lendo um pouco mais, ache-se algo de análise
política nos jornais que vá além do
primário exercício aritmético de especulações sobre o destino dos votos de
Lula.
Delírios que não são só dos analistas, mas alguns
candidatos, os com menos decoro, como
Marina Silva que, em O Globo, sugere ao PT, PSDB, PMDB e ao DEM o que ela
própria faz, que decretem “quatro anos sabáticos” para reler seus programas e,
talvez, fazerem uma “elevação espiritual”. Típico de Marina, sem nenhum outro
compromisso que não com a sua própria ambição e que não hesita em fugir da luta
política e apostando em uma possível megassena eleitoral, com seus números
vencendo porque os outros foram retirados do “sorteio”.
O Globo estima que 53 milhões de votos só nas cidades do
interior o butim que se abre com a exclusão de Lula e os analistas de pesquisa
ouvidos pelo jornal deveriam, sobre eles, recordar a frase atribuída a D. Maria
Maluf, quando os futuros herdeiros brigavam pelo controle do grupo Eucatex,
pertencente à família: “não se depena a galinha ainda viva”.
Agora, pior ainda, porque agora se trata, em autodefinição,
de uma jararaca e só mesmo os muito tolos descuidam dela mesmo depois de um
golpe aparentemente fatal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário