Por Fernando Brito
Quando, em 1982, começamos a caminhada para eleger Leonel
Brizola governador do Rio de Janeiro. ele sempre nos dizia que procurássemos
saber quem tinha um retrato de Getúlio Vargas em sua casa ou na casa do seu
pai. Eu, aos 23 anos, claro que não o tinha, mas havia, na minha infância, um
na casa de meu avô.
“É a memoria profunda do povo”, dizia Brizola, que não se
corta com uma tesoura e que tece o fio da história.
Lula é a versão nova de uma velha memória.
Com mais facilidades, porque Getúlio ainda vivia a
dificuldade da linguagem empolada.
A geração que o sucedeu, Jango e Brizola, bem menos o
primeiro e quase nada o segundo.
Mas isso é quase irrelevante.
O povo tem a estranha mania de julgar os governantes pela
vida que têm ou tiveram.
Porque, já se disse aqui outro dia, a verdade é a realidade.
Quem vê a face da esperança nunca a esquece, dizia Brizola.
Sem o saber, talvez, Gleisi Hoffman disse isso no Senado,
anteontem.
Assista, vale a pena. Há toneladas de verdades, de verdades
que não costumam ser ditas pelos medrosos.
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