Por Fernando Brito
Alguém não topou o jogo logo de cara.
Vão ser necessárias pressões e compensações.
A “explicação” mandada divulgar por Michel Temer em O Globo
de que “manterá o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) no cargo, mas quer
explicações sobre o conteúdo do pacote deixado pelo doleiro Lúcio Funaro a ele
no escritório de José Yunes” seria de dar risada, se não fosse um retrato do
cinismo daquele que nos (?) governa.
Afinal, em diversas declarações Yunes disse ter contado o
caso a ele ainda em 2014, logo que descobriu – segundo ele, pelo Google – quem
era o entregador de pacotes, o doleiro Lúcio Funaro. Funaro, a esta altura,
aliás, já era nome muito mais que conhecido no meio político, inclusive por seu
depoimento na CPI dos Correios.
Será que em dois anos de convívio quase diário, Temer não
teve tempo de perguntar?
Quem se colocar no lugar de Eliseu Padilha inevitavelmente
pensaria: ou Yunes perdeu completamente
o controle e se tornou uma bomba ambulante ou fez o que Temer, seu amigo e
compadre, mandou fazer, descarregando tudo em cima de Padilha.
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