Por Fernando Brito
Quando as instituições não se dão ao respeito, é isso que
acontece.
Eduardo Cunha, com tida a sua atual ficha imunda e notório
adversário da Ordem dos Advogados do Brasil, tripudiou ontem sobre o
oportunista pedido de “aditamento” do pedido de impeachment da Presidenta Dilma
Rousseff.
Deixando claro que “o impeachment é meu e ninguém tasca”,
Cunha disse que a Ordem “chegou atrasada” e não vai “ter protagonismo” na
eventual derrubada da Presidenta.
E ainda deu lição de direito aos doutores: “o pedido da OAB
é um novo pedido e, se aceito, implicará em nova leitura, eleição de nova
comissão.”
Sobre a posição da Ordem, Marcelo Auler publica hoje um
contraste histórico: a OAB de 92, sob aplausos públicos, levando – junto com
Barbosa Lima Sobrinho o pedido de impeachment de Collor ao Congresso a OAB de
2016, sob vaias e apupos, prestando-se ao papel de coadjuvante do golpe – e
ainda para ser dispensada por Cunha na base do “perdeu a vez”…
“o presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, não
conseguiu ingressar na Câmara dos Deputados pelo Salão Verde, a porta de
entrada daquela Casa Legislativa. Foi à Primeira Secretaria protocolar um
pedido de impeachment, por um caminho alternativo. No Salão Verde, os
conselheiros da Ordem, saíram de forma no mínimo, nada nobre.”
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