O MP de Minas Gerais abriu, noticia a Folha, apuração
preliminar sobre as 124 viagens de Aécio Neves ao Rio de Janeiro nos sete anos
em que governou Minas, apenas no Learjet 35 do Governo mineiro.
Provável que não dê em nada, porque o mesmo MP achou
“normal” fazer um aeroporto que fica o tempo todo fechado apenas para servi-lo
em seus deslocamentos a Cláudio, onde fica a fazenda de sua família.
O problema maior, acho eu, é o caráter não-eventual destas
viagens, que transforma o que seria o deslocamento excepcional e necessário de
um governador, pelos meios de que o Estado dispõe, numa rotina, aí sim cara e
moralmente injustificável.
Mas o pessoal da “nova política”, aquela que Aécio diz
praticar – na esteira do falecido Eduardo Campos – é adepto da hipocrisia
própria dos moralistas.
Vive de dedo apontado para os outros e, em relação a si
mesmo, é mais cego que o famoso Aderaldo, sem, claro, o talento do grande poeta
cearense.
Todo mundo sabe que Aécio Neves mora no Rio, quase sempre
morou. Isso não é um crime e muito menos um ato reprovável, exceto por não ser assumido e, diante da informação sobre as
viagens “oficiais” de final de semana,
vir com a história hipócrita de que vinha visitar a filha adolescente,
usando visita à menina para justificar o que é seu gosto pela Zona Sul carioca.
Porque quem é falso ao dizer onde mora, em que será
verdadeiro?
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