Por Fernando Brito
Em condições normais, poderíamos
dizer que a redução da maioridade penal foi rejeitada.
Embora tenham faltado cinco votos,
não seria crível que, negada a redução para crimes hediondos, pudesse passar a
redução para todos os crimes, mesmo os mais leves.
Mas, nestes tempos de Eduardo
Cunha, onde já vimos votações virarem ao avesso do dia para a noite, é bom
manter a atenção.
Levou-se anos para aprovar um plano
nacional para a Educação.
Leva-se dias para formular e votar
um “plano nacional de prisão”, um rasgo demagógico que envergonha qualquer
pessoa séria.
Contrário, inclusive à Convenção
das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, do qual o Brasil é signatário.
É um escárnio tratar algo
extremamente sério e preocupante, a criminalidade juvenil, com um espírito
bárbaro de vingança, como se Herodes fosse salvar o Império Romano .
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