Por: Fernando Brito
Se você pensa que há
limites para as baixarias da extrema-direita acoitada na mídia brasileira é
porque não viu o post de hoje de Reinaldo Azevedo.
Um prefácio de livro escrito pelo jurista Luiz Edson Fachin onde
se defende os direitos sucessórios de amantes – que é algo tão obvio em
relações duradouras e estáveis que parece incrível que se possa negar a quem
conviveu por décadas – como sendo a defesa da poligamia.
Reinaldo desce aos tempos
em que os filhos fora do casamento não tinham direito senão ao estigma.
A prole era, como escreveu
a advogada Juliana Fernandes Altieri,
era “legítima, legitimada e ilegítima, a última dividida em natural,
incestuosa ou adulterina. Filhos agora são apenas filhos, proibidas quaisquer
designações discriminatórias relativas aos filhos”.
Agora, Azevedo acha um
“atentado à família” que “até a pensão a viúva oficial divida com a viúva
paralela.”
Ou que, para usar as
palavras que ele próprio usa no lixo em vídeo que divide com a Sheherazade da
veja, “a chifruda ainda vai perder uma parte da pensão”.
Sim, assim mesmo, com essa
delicadeza.
Tal como os filhos da
“chifrância”, Reinaldo.
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