Por Luis Nassif
O governador Beto Richa (PSDB), do Paraná, é o retrato
doloroso do que se transformou o principal partido de oposição no país.
O partido fundado por Franco Montoro, Mário Covas, que
abrigou a generosidade de Sérgio Motta, a sensibilidade social de
Bresser-Pereira, e até a temperança de um José Richa, a esperança de uma
socialdemocracia moderna, tornou-se um valhacouto do que pior e mais rancoroso
a política brasileira exibiu nos últimos anos.
A usina de ideias e propostas que parecia brotar do partido
no inicio dos anos 90 foi substituída por uma cloaca interminável, um lacerdismo
sem talento, um samba de uma nota só desafinado.
***
Derrotado em Minas Gerais, restaram ao partido dois estados
para mostrar, até 2018, um mínimo de políticas inovadoras: São Paulo e Paraná.
De São Paulo não se espere nenhuma pró-atividade. Por aqui,
definham institutos de pesquisa, aparelho cultural, universidades e,
especialmente, as ideias.
Hoje haverá audiência pública para a extinção da Fundap
(Fundação de Desenvolvimento Administrativo) e da Cepam (Centro de Estudos e
Pesquisas da Administração Municipal).
Hoje em dia, há uma disputa ferrenha para definir o governo
mais inerte: se o de Dilma ou de Alckmin.
***
Mas nada se equipara ao desastre completo que se observa no
Paraná.
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