Por Altamiro Borges
Desde quinta-feira (5), os jornalões e as emissoras de rádio
e tevê não param de bater bumbo sobre a suposta “propina de R$ 200 milhões” do
PT. O bombardeio se baseia nas denúncias de Pedro Barusco, ex-diretor da
Petrobras envolvido no esquema de corrupção da estatal. Tentando gozar das
benesses da chamada delação premiada, ele “teria dito” – em mais um vazamento
seletivo e criminoso – que o partido recebeu “aproximadamente” este montante.
Não apresenta qualquer prova e nem precisava. A mídia já julgou, condenou e
fuzilou o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari. Ela só deixou de dar
destaque para outro “pequeno detalhe” do depoimento de Pedro Barusco: “O
ex-gerente da Petrobras diz ter recebido propina desde 1997”, relatam os
jornalistas Fausto Macedo e Mateus Coutinho, do Estadão. Mas este fato – que
envolve diretamente o “ético” FHC e outros tucanos de alta plumagem, não
mereceu manchetes. O Jornal Nacional, da TV Globo, nem sequer mencionou este
trecho do suspeito depoimento.
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