sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

MÍDIA ATROPELA A NOTÍCIA PARA SERVIR AO “GOVERNO ANTERIOR”

por Luiz Carlos Azenha

Milhares de pessoas cercam o prédio de uma assembleia legislativa. Encaram bombas e balas de borracha. Impedem a votação do plano de austeridade de um dos principais governos estaduais do Brasil.

Manchete da Folha? Outra notícia, vinda também de Curitiba, extraída de um antigo depoimento do doleiro: José Dirceu sabia (dos desvios na Petrobras). Depoimento, aliás, desmentido pelo próprio. E pelo também citado tesoureiro do PT, João Vaccari. O doleiro disse à PF o que bem entendeu. No caso, ele é o réu confesso. Mas sua palavra é publicada como verdade absoluta e inquestionável.

O que está acontecendo?

O suposto envolvimento de Dirceu cai como uma luva no roteiro. Mensalão + petrolão = Lula derrotado em 2018. Mas, para que tenha credibilidade, é preciso eliminar do escândalo o que a Globonews chamou de “período que antecede o governo petista”. Sarney? Itamar? Médici?

É por isso que, como notou o presidente do PT, a curiosidade dos delegados que colhem depoimentos na Operação Lava Jato parece se fixar no período pós-2003.

É como se Youssef, o doleiro, não tivesse servido também a tucanos.

Aliás, a credibilidade do PT está no fim com os eleitores também pelo fato de o partido ter convivido muito bem, sempre, com a herança maldita dos antecessores.


A origem da máfia dos sanguessugas — que vendia ambulâncias superfaturadas — foi o ministério da Saúde sob José Serra, mas ela prosseguiu depois que Lula assumiu o poder.

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