Prezados Colegas, Prezadas Colegas
Começou a época da cobrança da anuidade 2015 das associações
científicas que congregam médicos generalistas ou especialistas.
Considerando que essas entidades são essenciais para a
difusão democrática do conhecimento entre médicos e assim melhorar a
qualificação dos pediatras, clínicos gerais e especialistas de todas as partes
do país, pergunto: quais ações as associações têm efetuado para tentar reduzir
seus custos operacionais e baratear o valor da anuidade, permitindo a adesão de
mais colegas – principalmente os que dependem de trabalho assalariado ou
intermediado por planos de saúde que pagam baixos valores de honorários – e o
aumento da taxa de adimplência?
Ao par da justa e oportuna reivindicação dos cidadãos
brasileiros por mais transparência e austeridade nos gastos no âmbito governamental,
abrindo eventuais caixas pretas da administração pública, também indago aos
colegas:
1) Todos os médicos associados conseguem encontrar no site
das respectivas entidades os resultados detalhados dos processos eleitorais
internos, inclusive à sua Presidência (número de associados aptos a votar,
número de votos de cada candidato, votos em branco, nulos e abstenções)?
2) Que medidas práticas cada associação toma para priorizar
a realização de eventos científicos virtuais?
Em tempos de escassez de água nas metrópoles do Sudeste, das
mudanças climáticas pelo aquecimento global, do aumento dos preços dos
combustíveis, tarifas aéreas e da rede hoteleira, não é mais racional e
democrático - inclusivo, até – privilegiar o alto nível científico dos eventos
promovidos ou apoiados pelas associações em vez de obrigar colegas médicos a se
deslocarem de afazeres profissionais e familiares, com sacrifício financeiro de
muitos para engordar os lucros das firmas privadas organizadoras de eventos,
companhias aéreas e redes hoteleiras? Afinal, o cuidado com a propagação do
avanço das ciências médicas é que deve estar sempre em primeiro lugar.
Na era das videoconferências, o mesmo se aplica a convidados
estrangeiros para os eventos científicos, salvo em circunstâncias específicas.
Se são exigidas medidas austeras de combate a toda forma de
desperdício pelos governos, é lógico que as implementemos em nossa vida privada
e cidadã também. O público leigo tem manifestado isso repetidamente em relação
à classe médica e merece ser atendido.
Apresento-lhes minhas saudações respeitosas e envio um forte abraço.
Aracy P. S. Balbani,
médica otorrinolaringologista. CRM-SP 81.725


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