Por Luis Nassif
Marta Suplicy é madame, é esnobe. É antipática, também. Seu
universo de convivência é o da elite paulistana, os salões frequentados por
empresários e pela mídia. Ela divide os amigos entre os bem vistos e os mal
vistos pelos jornais. Se alguém de sua relação cai em desgraça com a mídia,
cairá em desgraça com ela também. Tem um nariz insuportavelmente empinado.
Com toda essa soma de defeitos, porém, na condição de
prefeita Marta logrou uma administração inesquecível, especialmente para a
periferia. Literalmente inesquecível, especialmente para a população
periférica.
Junte todos os defeitos apontados no primeiro parágrafo, a
antítese de um político popular e compare com a gratidão que lhe é devotada
pela periferia, para se ter uma ideia da grandeza de seu trabalho. A periferia
de São Paulo aprendeu a gostar, a admirar e a ser grata a uma madame incapaz de
um gesto populista. Tão madame que não repetia roupas, em lugar do populista
padrão, com caspas no cabelo e sempre disposto a tomar uma no boteco com os eleitores.
Não sei o caminho que trilhará daqui por diante. Mas o PT
perde um grande quadro.
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